sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Saudade

Lembro-me daqueles momentos em que te tinha a meu lado, sentia que a tua presença em mim mesmo na tua ausência? Pois bem, esta é a nossa história, aquela que aconteceu e não esperava ter este fim.
Tenho saudades de tudo contigo eu vivi, das vezes que me fizes-te chorar por pensar em ter-te perdido para sempre, das vezes em que aparecias assim do nada e me fazias sorrir simplesmente por saber que estavas ali, das vezes que juras-te proteger-me de tudo, das vezes que me dizias “amo-te”, tudo, das vezes que sentia a tua mão na minha.
Saudades dos teus medos e da maneira que eu cuidava deles.
Saudades da tua maneira de ser, da tua fraqueza!
Neste momento também sinto saudades da nossas conversas sem pés nem cabeças, das nossas discussões, dos bons e maus momentos que me destes a mão e disse-te “ eu estou aqui”.
Já viste?! Eras tudo para mim!
Eras aquela que me apoiava, que não me deixava sozinha nos momentos de aperto.
E um dia tudo mudou… nunca soube como nem o porque.
E tudo isto dói.
Dói saber que a nossa amizade terminou desta maneira, e que tenho que aprender a lidar com tudo isto. Por isto é a realidade!
Uma realidade cruel e injusta!
É um pouco da nossa história, custa-me relembrar tudo e olhar para trás.
Mas a vida é e mesmo assim, cheia de mistérios.
Hoje sentimo-nos bem, felizes com as pessoas que amamos, mas amanha tudo pode acabar e ficamos na esperança de entender o porque de tudo isto!
Como dizia o poeta:” Em algum lugar deve existir uma espécie de bazar, onde os sonhos extraviados vão parar”.

E agora permanece uma saudade…



domingo, 7 de novembro de 2010

Imagino-te sempre ...

Imagino-te todos os dias na minha vida;
Estás a seguir o teu caminho, aquele que escolhes-te!
Não posso ir contigo, não assim, tenho que fugir!
Não me posso dar por satisfeita com o destino que escolhes-te.
Não foi feita para caminhar sem destino por este mundo a fora; não posso mudar.
Tenho que continuar por agora neste mundo que ainda consigo ter!
Posso-te prometer, que vou cuidar bem de tudo o que deixas-te a meu cargo!
Mas não vou ter coragem como tu tens para tudo isto.
Posso viver nesta confusão que é a minha vida.
Mas, disto consigo tirar uma certeza estarei a tua espera!
Nem que tenha de esperar uma era, posso lamentar a tua ida, mas vou conviver com ela.
Mas sei que é um cargo demasiado grande para mim, mas prometi!
Agora vou cumprir nem que continue mergulhada na escuridão.
Vou acreditar e vou levantar não vou deixar ir!
Tal como tu disse-te o destino está escrito nas estrelas, tenho que acreditar que elas me vão ajudar!
Vou aproveitar o que elas me dão, nem que seja só para ditar de uma vida sofrida, sem gosto pela vida!

Aprisionada neste mundo


Foi aprisionada neste mundo por sentimentos de medos!
Naqueles dias perdi as pessoas mais importantes na minha vida, foi deixada neste mundo a sofrer a sua perda repentina! Sufoquei cada sentimento mais triste com os meus dedos, nunca tinha pensado que tinha tão pouco tempo, ao lado deles. A morte todos os dias vem a minha janela escutar o bater do meu coração que derrama todos os dias lágrimas de desespero!
Cada batida, cada soluço, cada lágrima derramada comovida, o meu impulso é de pegar numa faca e dirigi-la a meu coração. Mas há algo que me diz que o meu bisavô e o meu tio não iam gostar, por isso para combater o meu desejo de por fim a minha vida… Rezo todos os dias a mais linda oração pela suas almas que devem estar a descansar no reino dos céus!
Só tenho um desejo, uma esperança um sentimento que eu espero que seja suficiente para quando morrer vá ter com eles.  Naqueles dias em que eles partiram prometi a mim mesma que nunca ia apaga-los da minha vida. Nem que para isso tivesse de pagar com uma dor profunda sempre uma lembrança para recordar o quanto eles eram para mim, mas o que mais posso dar? Não tenho nada… Só tenho o lugar deles vazo no meu coração.
Ainda hoje me lembro deles, das suas expressões serenas nos seus olhares… Foi o que me levou a desejar a minha morte no dia em que eles morreram. Não sabia que ia doer tanto, não estava preparada!
Foram os maiores choques da minha vida, o que me fizeram ficar parada a pensar na melhor forma de acabar com aquele buraco. Não podia ser imatura, tinha de pensar nas pessoas que me rodeavam por mais eu me doe-se não ia fraquejar, tinha de ser forte por eles, não podia permitir que se sentissem sozinhos, não podia deixa-los vaguear. Não podia permitir que a dor pode-se molhar a cara da minha família que sofriam.
Foi por isso que decidi que ia ser forte. Só devia chorar na minha janela, quando já tivessem a dormir a sonhar como o amor que tinha desolado. Sofria cada dia como fosse o primeiro. Já não conseguia ver a bela ribeira que passava num lugar perto da minha casa, assombrada pela dor.
Só agora passados 6 anos pela morte do meu tio e 2 anos pela morte do meu bisavô, olho e penso “ Como podia ter sido se os bombeiros tivessem vindo quando os chamaram”. Não sei porque o socorro não veio a tempo para salvar daquele destino frio e retorno que o meu tio escolheu.
Perdemos as pessoas que mais amamos! As vezes, penso que não vou conseguir ser forte, para estar neste lar (família)! Que mais posso eu fazer? Deus, ajuda-me nesta tarefa…Perdi minha alma! Que ora a sua oração, que não tem fim que sossegue para poder ser feliz de novo!